TRILHA DE DESCOBERTA a realizar no próximo dia 26 de Fevereiro (Domingo)
COM TRUMP E ALMARAZ - TRINTA ANOS PARA TRÁS…
Há primeira vista que tem a ver o caporal Trump com Almaraz,
perto da fronteira portuguesa, com a sua central nuclear obsoleta e o plano de
construção de um centro de recuperação de resíduos nucleares? Há primeira
vista, para quem esteja desprevenido, decerto, nada… Mas realmente tem!
Mais que não fosse como sinal dos tempos actuais, sinal de que os do “oh
tempo volta p´ra trás”, todos eles estão aí de novo (realmente nunca deixaram
de estar…), dos racistas e militaristas mais empedernidos aos nuclearistas e
anti-ecologistas mais cegos (pelo poder fascinante do dinheiro, do capital,
afinal do PODER, sobre o planeta Terra e sobre a maioria da Humanidade). Tempos de alguma confusão, não admira pois,
que algumas gentes desejosas de pescar
em poluídas águas turvas venham de novo a terreiro…
O facto de a “recuperação” ou “reciclagem” dos resíduos
nucleares das várias centrais nucleares pela Europa e pelo mundo fora, nada ter
de “pacífico” (mas haverá nuclear “pacífico”?...) e ter como objectivo
principal o fabrico de PLUTÓNIO para as
ogivas das bombas atómicas dos vários exércitos que adoptam esse tipo de
armamento, pode-nos dar uma pequena ideia da ligação entre os interesses
nuclearistas e armamentistas à escala mundial. Os resíduos nucleares uma vez
transformados em plutónio constituem assim uma autêntica mina de ouro para os
promotores da indústria nuclear, que naturalmente fornecerão os governos mais
agressivos militarmente. Não são úteis é a causa da Paz e da Liberdade dos
povos!...
E isto para além de cada central nuclear (em Espanha, no
resto da Europa e no mundo) constituir por si só um perigo latente para as
populações - lembremos THREE MILES ISLANDS, nos EUA-1979, CHERNOBIL , na
Ucrânia-1986, TOKAIMURA, no Japão-1999, entre tantos outros…
Em Portugal, nos anos 80, por pressão das populações, de
activistas libertári@s e anti nucleares (nos quais a Terra Viva se incluiu!) e
da comunidade científica, a “opção nuclear” do “PEN” (Plano Energético Nacional),
através do qual o/s governo/s de então pretendiam a construção de pelo menos 3
centrais nucleares em Portugal) foi rejeitada. Entretanto até meados dos anos
90, o perigo de o governo espanhol pretender construir um depósito de resíduos
nucleares em Aldeadávila, às portas do Douro, mobilizou as populações e o
movimento anti-nuclear dos dois lados da fronteira e o projecto foi
suspenso. Agora, de novo ALMARAZ …como
há cerca de 30 anos , mas pior – pois além do funcionamento da central nuclear
existente, já para além do prazo previsto, ainda se adiciona o projecto da
central de recuperação de lixo nuclear.
Num momento em que a administração Trump move uma guerra
suicida (suicida para a Humanidade, se calhar para ele não…) contra tudo quanto
toca à mais básica defesa ambiental, desde as medidas para travar as alterações
climáticas planetárias, à contaminante continuação da exploração petrolífera em
grande escala, pondo assim em causa a própria preservação da espécie humana
(para além de todo o desprezo demonstrado pelos mais elementares “Direitos
Humanos”), a permanência e o desenvolvimento da indústria nuclear aqui ao lado,
em Almaraz, ou no resto do mundo, embandeira em arco com as tendências
belicistas e ecocidas do “führer” Trump do outro lado do Atlântico.
Com efeito já não é possível, ao contrário do que defendem
alguns “amigos do ambiente”, separar as ameaças que pairam ao nível local como
ao global sobre o planeta e a sua população, da gula das grandes empresas e dos
seus gestores, do CAPITAL internacional e dos chefetes ao seu serviço nos vários Estados, que encaram o
planeta como uma vulgar “fonte de recursos económicos” (dele$) e a humanidade
como fonte de recursos humanos e de mão de obra barata (também dele$).
Razão tinham os índios norte-americanos quando diziam: “Quando o último rio secar, quando o último
peixe e o último animal se forem, dareis conta que não se pode comer dinheiro”…
E é por isso que hoje, como há trinta ou quarenta anos atrás,
A RESISTENCIA DOS POVOS, aqui e no mundo inteiro está na ordem do dia, das
novas às mais antigas gerações de activistas.
O planeta Terra e a humanidade, na sua maravilhosa
diversidade, são belas demais para que alguns chalados se permitam destruí-las.
Os Trumps e outros “trampas” , os Almarazes e o CAPITALISMO
-a “coisa” mais anti-ecológica que há - NÃO PASSARÃO!
A RESISTÊNCIA dos Povos do mundo está na ordem do dia!
ACTIVÊMO-NOS!
De novo: “MAIS VALE HOJE ACTIV@S QUE AMANHÃ RADIOCTIV@S!”.
Grupo de Trabalho
INTERVENÇÂO SOCIAL da
TERRAVIVA!/Terra Vivente – Associação de
Ecologia Social
Porto, 3 de Fevereiro
2017
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