Domingo 30 de Março
TRILHA de DESCOBERTA do MONTE S.BRÁS
e PONTE DO CARRO (S.ta Cruz do Bispo-Matosinhos)
(Programa “Caminhar c’a Gente” – PAAJ
2014)
Zona
que desde há cerca de 50 anos constituía parte importante da cintura florestal
a Norte do Porto, tem vindo a sofrer
várias agressões sócio-ecológicas – como de resto toda a área metropolitana do
Porto: novas vias rodoviárias de grandes dimensões destruindo zonas florestais
e agrícolas, crescimento de manchas habitacionais desordenadas, pobreza crescente
de amplas faixas da população procurando locais sub-urbanos onde (sub-)habitar,
poluição industrial e urbana de recursos hídricos e sem tratamentos completos adequados
– como é o caso do troço local do rio Leça!
Locais
outrora constituindo zonas de lazer e de “oxigenação” das populações, foram
destruídos e deram lugar quer a novas zonas urbanas “semi-selvagens” , quer a
novas estradas e viadutos – que embora sendo “oficialmente” defendidas pelo
Estado e pelos vários “intere$$es”
privados imobiliários a pretexto
da “maior mobilidade”, vieram dar cabo
de amplas manchas florestais, no
Concelho de Matosinhos (Perafita, Freixieiro, Guifões, Esposade , Custoias, …),
como em toda a área metropolitana do
Porto: na Maia, em Gondomar, em Valongo,
em Gaia, …afetando gravemente a
“qualidade de vida” das populações .
Nos
últimos 10 anos, a par da destruição ambiental foram melhoradas algumas zonas
que iremos visitar – parque de lazer da Ponte do Carro (velha ponte medieval ), Parque da Ciência,
junto ao antigo “aterro sanitário” de Matosinhos , agora transformado em “zona
verde” (duas gerações de lixo urbano cobertas de terra), igualmente junto às
margens do rio Leça e junto à ponte ferroviária de Custóias.
Mas
uma zona outrora emblemática do Concelho de Matosinhos, o Monte São Brás,
outrora mancha florestal e de interesse patrimonial
histórico ( e também palco de alguns encontros juvenis contra o regime de antes do 25 de Abril ), confinada
por uma nova via rodoviária e “rapada” um
projeto megalómano de “parque radical”, o “Raf Park” , que destruiu pelo menos
6 hectares da antiga mata ! – e que abriu ao público apenas 4 meses, em 2012…